quarta-feira, 8 de junho de 2016

Passo a passo para (de) um intercâmbio – Passo 1

Este é o primeiro post de uma série de seis (até o primeiro momento), entre textos e vídeos, sobre como se preparar para um intercâmbio. Espero ajudar quem sonha em um dia conhecer outras terras além do Brasil, como um dia desejei (e ainda desejo).

Vou tentar lembrar de cada dúvida que tive e achei difícil de encontrar a resposta ou fiz de algum modo diferente. Caso ainda tenha alguma questão pode fazer por aqui ou via redes sociais (Instagram, Facebook, YouTube e até mesmo Snapchat: allyne.pires).


Vou então para as questões iniciais que você deve fazer para si mesmo quando quiser fazer um intercâmbio:
1. Por onde devo começar?
2. Como escolher a agência?


Comece

Acredito que a primeira pergunta pode ser respondida de início com: comece com o desejo de viajar. Se você não gosta de viajar (acredite, pessoas assim existem) não adianta forçar um mês ou mais fora de casa.

Além do dito acima, você deve escolher qual língua quer aprender melhor – inglês, francês, espanhol, mandarim, russo etc. A partir daí você já pode começar a selecionar os países que falam tal língua.

Para o inglês confesso que essa escolha continua sendo difícil, muitos países possuem essa língua, praticamente em todos os continentes (se não todos). Desses países, elimine quais você não gostaria de ir – muitos me indicavam a África do Sul para o intercâmbio, mas era um país que não eu não queria, o mesmo para Estados Unidos.

Na maioria das minhas pesquisas estavam Canadá e Inglaterra, confesso que via Estados Unidos também, mas como segunda opção. Depois de escutar o Nerdcast sobre o Nerdtour para Nova Zelândia e ver os vídeos da viagem, o país entrou para minha pesquisa e tirou Estados Unidos.

Vou fazer o caminho: São Paulo - Santiago - Auckland
Depois de eliminado muitos países, pense no tempo que quer ficar fora. Sempre cotei para um mês ou o tempo mínimo no país para que eu pudesse trabalhar e estudar (na Nova Zelândia, por exemplo, são 14 semanas – 3 meses e meio).

Escolhido locais e tendo ideia de tempo, faça uma pesquisa rápida com três agências (você não necessariamente fechará com elas) só para ter uma ideia de valores. Depois que tive em mãos esses valores coloquei em uma planilha (caso deseje a planilha envie e-mail para bloginfinitopensamento@gmail.com) todos os meus gastos por mês, quanto eu recebo (líquido) e quanto eu posso destinar para pagar o intercâmbio e GUARDAR NA POUPANÇA PARA COMPRAR OS DÓLARES (ou a moeda local).

É aí que você entra:
- Mas não consigo guardar nem para comprar aquela balinha?! Você ainda quer que eu gaste com intercâmbio e guarde dinheiro???

Minha resposta: SIM!

Quando vi o quanto ficaria ao todo e quanto seria se parcelasse a viagem percebi que aquela roupa, aquele sapato, aquela saída toda semana para almoçar e jantar fora, aquele cineminha e tantos outros gastos poderiam ficar para depois. Muitas vezes disse não para uma saída entre amigos. Duas frases que muitos escutaram de mim de junho de 2015 para cá: aceita VR?; e putz, não posso, tô sem grana (mesmo tendo R$50 reais sobrando, pensava em comprar dólares o suficiente para não passar perrengue). Óbvio que um mês ou outro você pode se dar ao direito daquela camiseta na vitrine, mas controle-se.

Nos meus planos, percebi que teria que esperar dois anos
para fazer o intercâmbio.
Muitas vezes você vai perceber que é preciso adiar um pouco a viagem. Meus planos em junho de 2015 era fazer a viagem só no segundo semestre de 2017. Porque vi que ficaria tranquila com tudo. NÃO DESANIME!

Você já viu que tirando todos os gastos extras e se esforçando dá para fazer a viagem. Nessa altura você já tem mais em mente o país que quer ir (caso não tinha isso certo). Você verá que tudo faz referência a ele, é como se fosse mensagens subliminares. Sério!

Chegou a hora de fazer a cotação real. E se já se passaram alguns meses desde aquela primeira ideia, cote novamente com elas. Pasmem: eu fiz cotação em, no mínimo, DEZ agências. Foi muita pesquisa. Desde pela internet, indicação de amigos e de porta em porta.

A segunda pergunta começa a ser respondida aqui.


A escolha da agência

Depois de fazer uma penca de cotação vi que duas delas tinham os valores muito acima. Por mais que fossem excelentes... Não vale a pena gastar o dobro do valor.

Eliminei algumas outras pelo fato de demorarem para me responder. Se os primeiros contatos eram difíceis, não me arriscariam nos próximos.

Fui pessoalmente em quatro agências e uma eliminei assim que cheguei, não gostei do atendimento. Na outra a acomodação era mista, ou seja, três lugares eram destinados a duas meninas e um menino – sempre meninas com maior número –, não era algo que me deixava confortável.

Fiquei entre duas (as duas conheci por meio do Nerdcast e foram uma das mais baratas). Uma delas estava me convencendo devido o dólar ficar congelado no dia em que fechasse. O plano era fechar em setembro, então ainda tinha um mês para decidir.

Neste período, pesquisei as duas agências no Reclame Aqui. Como trabalho com isso, percebi que muitas reclamações precisam ser estudadas por outro ângulo e percebi que a maioria era mais por um erro da pessoa do que da agência mesmo – as agências não chegavam a ter 20 reclamações, isso já havia me convencido porque elas têm quase 15 anos no mercado.

No dia 1 de agosto fui em uma palestra de uma das agências e recebi um número para sorteio (já contei essa história aqui) e dia 4 recebi a notícia que tinha ganho o sorteio de um mês de curso de inglês. Pronto, o dedinho de Deus fez eu ver qual agência escolher e quanto tempo ficar. Como precisava usar a bolsa em 2016 eu não teria condições de ficar as 14 semanas, então ficarei um mês.

Desculpe a extensão do texto. Tenho certeza que ainda há muitas questões não respondidas. Envie sua dúvida e tentarei ajuda-lo. ;)

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