Por: Allyne Pires
Faltam 30 dias para 22 de junho de 2016. Nem parece que desde quando fechei o intercâmbio já se passaram 276 dias.
Comentei com uma colega do trabalho esses dias, que devemos sonhar o mais alto que nossa imaginação permitir, devemos nos dar este direito e tentar realizá-lo. Ao mesmo tempo em que estamos com o pé no chão. Dessa forma, caso não consigamos chegar lá, podemos afirmar que ao menos tentamos. Realmente, é triste quando não conseguimos realizar algo como esperado, mas mais triste do que isso é nunca ter ao menos tentado.
A minha vontade era de ficar no mínimo seis meses fora do Brasil.
Sei que 30 dias não chegam perto disso, mas sou muito grata pela oportunidade.
Do jeito que me conheço, ou conhecia, achei que ficaria ansiosa desde o primeiro segundo que soube que iria para Nova Zelândia e fiquei tão tranquila que até me estranhei – parei de roer unha neste período.
Pode ser que a ansiedade não estivesse presente como imaginei, mas na verdade ela estava lá o tempo todo no inconsciente – quantas vezes não dormi e sonhei com Nova Zelândia?!
Porém, se até ontem eu, enquanto acordada, pensava mais em como seria quando eu voltasse. Hoje a história já começa a ser diferente.
Muitas vezes pego pensando: faltam só 30 dias!
E se antes as preocupações eram em terminar de pagar intercâmbio, passagens, se terei dólares o suficiente para ficar “bem” por lá. Agora elas estão focadas em: será que as roupas serão suficiente, tanto para estadia quanto para o frio; será que cabe uma variedade de pares de sapatos o suficiente; será que a quantia de dólar vai dar; será que conseguirei entender as pessoas; será que conseguirei visitar os lugares que quero; como será na alfândega? São muito mais os “serás” e os “comos”. Graças a Deus as unhas e os dedos ainda estão aqui (pelo menos nove deles, o dedinho direito ainda sofre alguns golpes).
Sempre pensei em quando conseguisse fazer um intercâmbio – na verdade para qualquer viagem – montar um roteiro simples do que fazer. Simplesmente não consigo... Posso ficar o dia inteiro olhando, parada, para a planilha com o calendário do lado, mas tudo o que faço é colocar os nomes das cidades que gostaria de conhecer e “cultura maori”. Resolvi seguir o conselho da psicóloga e não planejar nada. Podem me chamar de louca, é assim que estou me chamando agora mesmo.
As duas coisas certas dessa viagem são: o lugar em que ficarei, onde e qual período estudarei. Nem sobre os voos posso afirmar que sei exatamente, vai que atrasa.
Outro fator que me preocupa é se as pessoas sentirão minha falta. Já pensou meus pais, meu namorado e meu cachorro percebem que ficam bem melhor sem mim?! Se o Ozzy não reagir igual vejo os cachorros dos vídeos eu deserdo.
Brincadeira a parte. Sei que a viagem vai me mudar, já está. Ir para lá sem um “planejamento” de viagem, meio que no escuro, me deixa um pouco assustada sim, mas deixarei tudo fluir. Irei com uma ideia do que gostaria de fazer e chegando lá a gente vê o que acontece.
Este foi o segundo texto desta série e acredito, e quero, que vem mais coisa por aí. Para ler a Parte 1 clique aqui.
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