terça-feira, 31 de outubro de 2017

Era uma casa muito engraçada...

Desculpe se fiz você lembrar da casa dos bobos, número zero. Mas é inevitável não fazer o paralelo quando está acompanhando uma reforma.

Quem casa quer casa, e temos até abril para que nosso apartamento (meu e do Felipe) esteja completinho.

Ver de perto a mudança para uma cozinha
aberta, banheiro maior, parte elétrica toda nova assim como o encanamento, dá um certo medo – os problemas, o pó, nunca terão fim.

Entretanto, quando fui ao apê 123* hoje e vi o banheiro quase pronto, percebi que a paciência vale muito.

Cada martelada para tirar as paredes, cada tijolo colocado para refazer a parede do banheiro, faz lembrar que no relacionamento é igual. Precisa ter paciência para se construir um amor forte, os problemas que aparecem (e não são poucos) só ajudam a fortalecer, se bem dialogado.


Conversar sobre até mesmo aquele jeito de piscar que você não concorda é a melhor opção para que não se torne um bloco de cimento no meio da sala. E enquanto os dois querem dialogar é sinônimo de que o amor ainda não desistiu de tentar.

Um chão minimamente desnivelado é imperceptível até que se jogue uma água. E aí ela vai se acumulando do lado oposto ao ralo. No começo aquilo passa, deixa pra lá, quando vê você já não suporta aquilo e desiste até de limpar o chão, melhor do que enfrentar aquele problema de novo.

A poeira se acumula, o coração vai endurecendo, e o amor cansa de se permitir ficar.

Nessas horas é melhor perceber o erro lá de trás e encará-lo. Tomar a decisão de arrumá-lo pode ser a mais difícil, todos aqueles problemas, todo aquele pó, nunca terão fim.

Realmente, enquanto o amor arrisca continuar ali a reforma nunca vai acabar. Já são quase nove anos juntos e a cada momento percebemos algum detalhe a ser melhorado, conversado. E temos certeza que depois do casamento a obra vai continuar... afinal, o amor nunca deve chegar ao fim.


*Acompanhe a reforma do apê pelo Instagram e pelo YouTube - @oape123.

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