sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Cientistas brasileiros descobrem nova espécie de aranha


Aracnídeos foram encontrados ao longo dos últimos dois anos através de estudos na Mata Atlântica em todo o país

Dois anos após perder cerca de 30% de seu acervo de aranhas em um incêndio, o Instituto Butantã volta a ganhar destaque internacional ao anunciar 17 novas espécies. A descoberta é a maior contribuição do país para o The Goblin Spider, projeto mundial para a sistematização desses artrópodes.


A pesquisa foi coordenada pelo biólogo americano Norman Platnik, curador da coleção de aranhas do Museu Americano de História Natural, em Nova York. O especialista coordena o Inventário Planetário de Biodiversidade das aranhas Oonopidae, um projeto internacional financiado pela Fundação Nacional de Ciência dos Estados Unidos.

As espécies da família Oonopidae foram identificadas após seis anos de análise de aranhas coletadas na Mata Atlântica e aparecem no solo, em estados como São Paulo, Rio de Janeiro, Sergipe e em Santa Catarina. Segundo os pesquisadores, elas chamam a atenção pela estrutura das quelíceras - um tipo de gancho frontal que serve para captura de alimentos e proteção.

Cientistas ainda tentam desvendar a utilidade das incomuns articulações presentes apenas nos machos das novas espécies. Uma das hipóteses é a de que elas sejam usadas na reprodução, além de poderem servir para prender a fêmea durante a cópula. Há também a possibilidade de serem usadas como arma durante a briga entre os machos.

As novas espécies, que têm entre 1,8 e 2,1 milímetros, juntam-se às 23 anteriormente identificadas pelos sete pesquisadores do país que participam do Inventário Planetário de Biodiversidade, que vem sendo feito pelo The Goblin Spider desde 2006.

Com o objetivo de documentar todos os gêneros da família Oonopidae, o projeto reúne 46 aracnólogos de 12 países e ampliou a documentação de 300 para 1.016 espécies no período. Essa família foi escolhida por sua biodiversidade e por ser encontrada no solo ou em copas de árvores nas florestas tropicais.

Apresentadas no boletim do Museu Americano de História Natural, as espécies foram uma atração à parte por causa da nomenclatura. O nome do gênero (Predatoroonops) foi escolhido por causa das articulações nas quelíceras, que lembram a criatura que aparece como vilã no filme Predador, de 1987. E as espécies foram batizadas com referências aos personagens: Arnold Schwarzenegger, por exemplo, que interpreta o mocinho Dutch, foi homenageado com os nomes Predatoroonops schwarzeneggeri e Predatoroonops dutch.

Fontes: UOLO Globo e G1

Veja minha opinião sobre o assunto na postagem: Nova espécie de aranha

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