Parceria entre Prefeitura, Nissan, Eletropaulo e Adetax faz 10 táxis elétricos circularem pela capital paulista
Por: Allyne Pires
Os táxis circulam pela capital de segunda a sexta-feira. Foto: Divulgação/Adetax |
“Ando até mais devagar quando estou com o táxi elétrico, para deixar mais gente bater fotografias com seus celulares”, afirma o taxista. O Projeto Piloto de Táxi Elétrico de São Paulo deu-se início no dia 6 de junho de 2012, com dois veículos. Uma parce
ria entre a Prefeitura de São Paulo, Aliança Renaut-Nissan, AES Eletropaulo e a Associação das Empresas de Táxis do Município de São Paulo (Adetax) objetiva a contribuição com a redução dos níveis de poluição. A cidade de São Paulo foi a primeira a agregar o projeto na América do Sul. No Brasil, o Rio de Janeiro foi a segunda cidade a aderir. Neste ano, o Rio de Janeiro aderiu a iniciativa e, hoje, possui a maior frota do Brasil, com 15 veículos e a segunda no mundo, perdendo apenas para a Cidade do México (55).
ria entre a Prefeitura de São Paulo, Aliança Renaut-Nissan, AES Eletropaulo e a Associação das Empresas de Táxis do Município de São Paulo (Adetax) objetiva a contribuição com a redução dos níveis de poluição. A cidade de São Paulo foi a primeira a agregar o projeto na América do Sul. No Brasil, o Rio de Janeiro foi a segunda cidade a aderir. Neste ano, o Rio de Janeiro aderiu a iniciativa e, hoje, possui a maior frota do Brasil, com 15 veículos e a segunda no mundo, perdendo apenas para a Cidade do México (55).
No dia 13 de dezembro do ano passado, mais oito táxis elétricos foram colocados nas ruas. “Para viabilizar o projeto piloto, a Prefeitura de São Paulo procurou as empresas de táxis, que já haviam sido pioneiras no uso de combustíveis, como álcool e GNV; a Nissan, como fornecedora dos veículos; e a Eletropaulo, como fornecedora dos carregadores rápidos”, afirma a Adetax.
Os taxistas, que conduzem os novos táxis, participam de treinamento oferecido pela Nissan. Segundo a associação de táxis, no treinamento os taxistas aprenderam sobre o conceito do carro e constataram que se trata de uma tecnologia moderna e simples.
José Antonio Nunes, taxista há 37 anos. Foto: Divulgação/Adetax |
José Antonio Nunes é taxista desde 1976 e, hoje, trabalha com um dos 10 veículos elétricos disponíveis em São Paulo. “É uma experiência completamente nova”, conta o taxista. Nunes diz que já pegou muitos passageiros e em todas as viagens tudo correu bem. “Ele tem uma arrancada ótima anda muito bem e, na bateria, roda mais de 100 km por, aproximadamente, R$ 8 pagos na conta de energia elétrica”, afirma.
“Se utilizarmos o cálculo de consumo de 10km/l de combustível, para rodar os mesmos 100 km o carro precisaria de 10 litros de álcool. Se colocarmos o valor médio de R$ 2,70 o carro teria um consumo equivalente a R$ 27,00, mais que o triplo do valor pago na carga elétrica”, afirma a Adetax.
“Outro grande atrativo e diferencial é o fato do carro ser completamente silencioso, nem na hora de dar a partida é possível dizer, pelo barulho, se o carro está ou não ligado”, completa Nunes.
Apesar de apoiar o projeto e gostar do carro, Nunes acredita que será preciso ajustar a carga de impostos que recai sobre o carro para que mais empresas de táxi e, principalmente, taxistas autônomos possam investir nessa tecnologia.
Os veículos fazem 160 km com a carga máxima, média da quilometragem diária rodada pelos táxis em São Paulo. “Para atender essa autonomia, o custo na conta de energia será de R$ 7,11. Com o etanol, para essa mesma quilometragem, o valor é de R$ 33,70. Já com a gasolina, este valor chega a R$ 39,25, ou seja, 5,5 vezes a mais em relação à recarga com eletricidade”, afirma a Eletropaulo.
A AES Eletropaulo disponibilizou e faz a manutenção de cinco pontos de recarga. Foto: Allyne Pires |
Para o carregamento dos táxis elétricos foram colocados cinco pontos de recarga rápida de 30 minutos, que estão instalados nos estacionamentos das concessionárias Nissan, independente do horário de funcionamento. As sedes das empresas de táxi também possuem os carregadores instalados, estes levam até 8 horas para ter a carga completa.
A Adetax fornece ao taxista um cartão com um crédito mensal para passar na máquina e liberá-la para carregar o automóvel. A bateria fica na dianteira do carro, que avisa quando está totalmente carregado e a máquina para de fornecer energia. Nos postes onde ficam os pontos de recarga há um transformador verde especialmente para abastecer a unidade carregadora.
Na primeira fase, junho a dezembro de 2012, com apenas duas unidades do veículo “foram transportados 2.400 passageiros, cada veículo percorreu cerca de 10.000 km, rodando em média 6 horas por dia, de segunda à sexta-feira”, comenta a Nissan.
Os táxis partem dos pontos localizados na Av. Paulista com a Rua da Consolação; na Av. Engenheiro Luis Carlos Berrini; e em frente ao Teatro Municipal, no centro de São Paulo. Além dos dez carros elétricos Nissan LEAF 100% elétrico, há ainda 20 unidades de automóveis híbridos – dois motores: um movido a eletricidade e outro a combustão – Toyota Prius utilizados pelos taxistas paulistanos.
As corridas feitas nos táxis elétricos são tarifadas da mesma forma que as realizadas nos táxis comuns: bandeirada inicial mais valor apurado no taxímetro.
Confira a economia com o uso da energia elétrica:
CATEGORIA
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10.000 KM RODADOS
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Energia
elétrica (R$0,29114/kWh)
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R$ 537,15
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Gasolina
(R$ 2,75 por litro)
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R$ 2.291,66
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Etanol
(R$ 1,70 por litro)
|
R$ 2.125,00
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Economia
média do uso da energia elétrica em relação a gasolina
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- 76,56 %
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Economia
média do uso da energia elétrica em relação ao etanol
|
- 74,72 %
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Fonte: AES Eletropaulo
Concessionárias com carregadores de carga rápida:
Grand Brasil Lapa (Rua Heliodoro Ébano Pereira, 174) - Lapa
Grand Brasil (Av. dos Bandeirantes, 1585) – Itaim Bibi
Fuji Japan (Av. Professor Luiz Ignacio Anhaia Mello, 1655) – Vila Prudente
Fuji Vila Guilherme (Av. Joaquina Ramalho, 62) – Vila Guilherme
Sinal Tatuapé (Rua Almirante Brasil, 200) - Mooca
Táxi sendo carregado em um dos pontos de carregamento. |
Painel do carro: as luzes indicam o quanto já foi carregado e o quanto ainda está. Quando no fim, é ativado uma célula para andar mais 15 km para chegar em algum ponto de carregamento. |
O câmbio é diferente, para mudar a marcha o taxista gira a parte de cima, cinza e azul. |
Carregamento interno da concessionária. |
Transformador verde. |
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