Apresentações realizadas nos dias 3, 4, 15, 17 e 18 de maio ocorreram no período de aulas no intervalo do almoço.
Por: Allyne Pires
Planejado pelo recreacionista Rodrigo Motta desde sua primeira edição, em 2009, o Festival de Dança é um evento que envolve as turmas do 2º ao 5º ano. Os alunos formam grupos
quase dois meses antes, contendo período de inscrição, escolha da música, montagem da coreografia e ensaios até o dia do Festival.
O 1º Festival de Dança só contou com a participação dos alunos do 2º e 3º anos e a partir de 2010 o formato mudou para dois festivais em um, sendo a primeira etapa para os alunos do 2º e 3º e a segunda para 4º e 5º anos.
Rodrigo diz que a ideia de fazer o Festival surgiu de quando fazia acampamento, onde tinha na segunda noite um show de talentos, que as crianças se organizavam, escolhiam uma música e dançavam. Ele quis transferir essa ideia para o colégio devido à estrutura oferecida, “um auditório, uma equipe de som, equipamentos de última geração”. Então, a partir dessa composição juntou o útil ao agradável e tem dado certo, havendo melhoras a cada ano.
O 4º Festival de Dança, do CSA, em sua primeira etapa teve um total de 66 alunos nos 19 grupos participantes em seus dois dias de realização. Por ser um evento relativamente grande e diferente do que o acostumado na rotina dos alunos, seu diferencial está em sua apresentação, que é feita durante os dias de aulas no intervalo do almoço e com duração total de 40 minutos.
Com início no dia 3 de maio, sua abertura foi feita pela apresentação da aluna Carolina do 3º A, que dançou a música Menina Estranha, da banda Restart. Ela conta que já havia dançado a música com suas amigas em outra ocasião, mas decidiu, dessa vez, fazê-la sozinha. Disse que gostou de se apresentar e comenta que mudou a coreografia inicial, tendo no princípio a ajuda de Rodrigo. Para ela os ensaios foram bons e conta, rindo, que caiu e torceu o braço.
O grupo “Minininhas Malucas” com a música Magic, da Selena Gomez, surpreendeu quando as integrantes foram até a plateia e tiraram a aluna Maria Vitória, do 4º ano, para fazer uma participação especial na apresentação, animando ainda mais o público.
O último grupo, e não menos importante, a se apresentar foi o “Love Girls” com a música The Time, da banda Black Eyed Peas, dando término à primeira parte do 4º Festival de Dança.
Andréa Morales disse que achou a iniciativa do colégio e do Rodrigo “fantástica”. Ela é mãe da aluna Carolina do 3º D do grupo “California Girls”, que dançou a música de mesmo nome da cantora Katy Perry no segundo dia do Festival. Completa: “As crianças podem aproveitar esse espaço do intervalo para poder se reunir, fazer atividades recreativas e para poder dar um ‘break’ mesmo no período de escola, se divertir, aproveitar”.
Nos dois dias do evento 11 alunas (Ana Laura, Camila, Eduarda, Fernanda, Isabel, Isabela, Júlia, Luíza, Marcela, Maria Clara e Nina), do 4º e 5º anos, colaboraram no camarim e na entrega dos prêmios de participação que foram dados a cada integrante dos grupos. Esta cooperação faz parte de outro projeto do recreacionista, o Projeto Mãos a Obra que faz com que os alunos participem de eventos como assistentes, ou seja, “staffs”.
Dando continuidade ao Festival o 4º e 5º anos se apresentaram nos dias 15, 17 e 18 de maio, a segunda parte teve um total de 103 alunos nos 20 grupos participantes. Nesta etapa ocorreu, no último dia, uma premiação com dez categorias e dois grupos ganhadores em cada uma.
O primeiro grupo a se apresentar foi do 4º B, “Sbrubles” (Giulia, Sofia, Mariana, Carolina e Thaís), com a música Amar não é Pecado do cantor Luan Santana. Giulia diz que gostou de dançar e achou legal a mudança do local de apresentação, pois, na outra vez que participou foi na sala de recreação. Sua mãe assistiu ao Festival e conta que acha “importante para as crianças” pelo fato de ficarem o dia inteiro no colégio. Completa que “é uma forma de incentivar eles” e o encanto deles não é apenas no dia, começa muito antes. “Até as crianças que são mais tímidas conseguem se soltar”.
No dia 18, sexta-feira, as meninas do 5º A dançaram Cotton Eyed Joe, do Rednex. Com 13 integrantes (Malu, Maria Júlia, Karen, Samantha, Marina, Rayssa, Manu, Vicky, Laura, Luíza, Carol, Duda e Isabela) elas contam que o grupo, “Cowgirls”, se manteve unido do início ao fim, ao serem questionadas sobre como foi dançar e a preparação com que acharam legal, demoraram um tempo para fazer a coreografia que todas ajudaram, pois, misturaram um “pouco de festa junina com dança country”. Sobre a apresentação falaram que ficaram nervosas na hora, “fiquei tremendo, não consegui ficar de pé direito”, a explicação “todo mundo olhando pra você, se errasse um passo todos iriam ver”.
O grupo que fechou o Festival foi “As Fantasiadas”, que dançou Move a Like Jagger da banda Maroon 5. Alice, Ana Laura, Duda, Luiza, Maria Clara, Fernanda, Amanda, Júlia, Isabela, Camila e Marcela são do 5º C e contam que acharam o máximo, porque é o último Festival que participam, “vou ficar com saudades, mas eu amei”, disseram.
Apesar de ser o último Festival que o atual 5º ano poderá participar, eles foram informados que a dança talvez vire uma modalidade da Olisa Teens para o ano que vem. O Projeto Mãos a Obra também estava presente nos três dias, dessa vez quem ajudou foram os alunos do 2º e 3º anos.
Rodrigo explica que nesta etapa teve a premiação porque “a competição entre eles está mais aflorada”. O formato de dez categorias e dois ganhadores em cada foi um jeito que acharam “de sair do comum, ouro, prata e bronze, e premiar o que cada grupo apresentou de melhor, tipo um Oscar”, brinca. Os ganhadores de cada categoria foram: Animação, Firestreet e Party Girls; Superação, Maribella’s e Dance Dance; Inovação, Manolos e Vácuo; Harmonia, Menina Estranha e Sbrubles; Performance, Don’t you know what’s make me beautiful? e Tik Tok; Criatividade, Cowgirls e Os Mano; Figurino, Luvin e As Fantasiadas; Dedicação, Peace e Super Stars; Revelação, Move So Much e As Morenitchas; e Coreografia, Call Me e Best Friends.
Todo o procedimento do Festival, segundo o recreacionista, serve para avaliar a integração, o processo de formação do grupo, ensaio, a escolha da música e a coreografia. Comenta que tudo isso chega a ser mais importante que o evento em si, que é só o resultado, “porque durante o processo de construção da coreografia dos grupos é que aparecem as dificuldades” e completa que quando aparecem “eles aprendem como resolverem”.
Rodrigo procura tratá-los com responsabilidade. “Não é porque é criança que a gente faz de qualquer jeito, tem inscrição, tem data de inscrição, tem que respeitar os limites, os colegas do grupo, não pode abandonar um porque ele não sabe dançar ou não pode sair de um grupo porque está achando chato. Tudo é conversado e a gente tem que dar total autonomia para eles, com relação à responsabilidade de trazer a música, fazer a inscrição na data certa, de tentar manter o grupo unido do princípio até o dia do evento”.
Completa que tem visto crianças ajudando umas as outras, cooperando com o grupo que tem alguma dificuldade, e que às vezes uma criança auxilia o outro grupo a ensaiar, empresta coreografia. “As crianças acabam nos surpreendendo”.
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