terça-feira, 28 de junho de 2011

Concurso da CET

Espero que eu consiga...


Tema: Uma História de Trânsito com Pedestres
Questões de cidadania
Pais de uma criança ao ensinarem-na a atravessar a rua passam algumas regras básicas para seu filho, como:
- Não atravesse fora da faixa de pedestre... – diz a mãe.
- Não atravesse com o sinal aberto para os carros... – diz o pai.
E entre várias outras recomendações esperam que seu filho as aceitem.
Uma garotinha na idade de aprender a atravessar a rua sozinha aceitou tais recomendações e estava parada na calçada em frente à faixa de pedestre esperando o semáforo ficar com a cor verde para ela atravessar. Ao abrir o farol foi atravessar e um senhor de cabelo grisalho num carro prata ultrapassou o sinal vermelho.
Infelizmente esse não é um caso único, acontece a todo tempo e com todos os pedestres independentemente de sua idade.
Essa garotinha cresceu e como numa ilusão, sonha que um dia os motoristas de todo e qualquer tipo de veículos respeitem não só a ela, mas a todos os pedestres. Imagina que um dia os motoristas irão respeitar os semáforos, e consequentemente as regras de trânsito.
Sonha em um dia poder pisar na rua – sem ser em cima de uma faixa branca pintada no chão – e, assim como se sucede em outras cidades fora de nosso país e até mesmo dentro dele, os automóveis pararem para ela, sem precisar apertar um botão para acionar um sistema ou esticar a sua mão.
Devaneios que ela acha impossíveis de serem realizados devido à falta de educação cada vez maior dos paulistanos, consequência, provavelmente, derivada do espaço apressado em que vivemos.
Entretanto, o desrespeito a todos nós – lembrando que fora dos automóveis todos somos pedestres – não é somente com o passar no farol vermelho. Aplica-se também ao parar em cima das faixas de pedestres e calçadas.
A faixa de pedestre é uma forma de dizer aos motoristas insensatos de que o pedestre tem o direito de atravessar a rua e mesmo com essa burocracia não os respeitam. A faixa de pedestre não deveria existir, pois deveria ser um impulso do motorista parar para nós atravessarmos. Infelizmente, a obrigação de parar só vem com a colocação de uma máquina segurada por um poste ou uma listra pintada no chão e que muitas vezes, por vários motoristas, não são obedecidas.
As calçadas, que seriam uma segurança para nós, estão se tornando um risco. Motoristas saem de estacionamentos sem se importarem se estão vindo pessoas, e se estiver passando automóveis ficam em cima da calçada e o pedestre que se vire ou espere para passar pro outro lado. Pior do que isso, são os motoristas, principalmente motoqueiros, que para ultrapassarem o trânsito que ficariam presos vão por cima de calçadas, dando uma de “espertos”. É o “jeitinho brasileiro de ser”.
Outro fato que ocorre referente às calçadas é que elas servem de parada, se ao menos essa fosse rápida...
Entretanto, muitos automóveis literalmente param nas calçadas e nem se importam se tem espaço para o pedestre passar. É aí que está o problema maior, pois pessoas “normais” até arranjam um jeito de passar de uma forma que julgam ser segura, pois precisam passar pela rua – arriscando a vida –, em sua maioria, movimentada. Porém, o problema maior se encontra quando esse indivíduo é uma criança, um idoso ou possui alguma deficiência, seja ela física, visual ou auditiva e se colocam em um risco ainda maior. Não é preciso colocar por escrito os porquês dos perigos que correm, principalmente se tratando de deficientes visuais e auditivos.
Essa garota acredita que se desde pequenos as pessoas tivessem aulas de cidadania e outra de trânsito, muitas coisas mudariam. Aprenderíamos desde então as obrigações e as normas que aprendemos apenas aos 18 anos, quando já a usamos ou, pelo menos, deveríamos usá-las.
Todos os acontecimentos que se encontram nessa história, infelizmente, são baseados em fatos reais. O primeiro conto, felizmente, não teve um fim trágico, porém se não fosse pela atenção da garotinha e pela rápida atitude do pai ela não estaria participando desse 3º Prêmio CET de Educação de Trânsito.
O motorista tem que entender que o automóvel é feito de ferro e outros materiais e nós, pedestres, somos de carne e osso e não somos resistentes a essas máquinas que, querendo ou não, passam a serem armas para nós reles mortais.

Por: Allyne Pires

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